segunda-feira, 14 de maio de 2007

Eu...

Inocente, quieta e longe tocou-me. Pela frase e pelo gesto, menos pelo amor e sentimento. Toco-me pelo objectivo, experiencialismo puro, humanista. Tocou-me pelo que ouvi, ou jurei ouvir. O concreto já foge e, como bola de neve, transforma-se em fantasia. E rebenta quando estoira contra mim. Esse ser subjectivo que de nada serve ouvir, ver ou tocar. É irreal e não existe. Talvez por isso ainda haja ainda alguém que dele goste, porque não o vê nem o sente ou ouve, só o sonha. Do sonho depende a minha existência. Vivo em retalhos de imaginação, sofrendo pelo que não sou...