domingo, 21 de janeiro de 2007

A minha escrita

Porque é que escrevo assim?
Bem, na verdade não sei. Tendo a ser descritivo, analítico, irónico...
Bem tudo isso tem a ver com o que eu aprendi a ler. É impossível admirar Hemingway e Imre Kertész e não lhes sorver um pouco da insensibilidade e espírito descritivo. Não é concebível pensar em descrever sentimentos. O mais importante é despertá-los. Temos que incentivar quem lê a pensar, a sentir. Mas tem que pensar e tem que sentir o que entende. Não podemos forçar ninguém. Os sentimentos são maravilhosos, mas são privados. Não posso dizer que tenho um aperto no coração e fazer alguém senti-lo. Posso, no entanto, produzir uma história que faça com que quem leia sinta algo parecido ao que eu senti ao pensar nela. Mas nunca será a mesma coisa, será sempre o sentimento de quem lê a prevalecer.
Penso que tenho uma escrita ligeira, fácil, mas isso deve-se à minha falta de paciência para escritas lentas, demasiado condensadas. Detesto confusões... Amigo Saramago, não consigo ler um livro teu. De Agustina Bessa Luís li "A Sibila". Foi muito giro mas jurei nunca mais.
É enorme o que se aprende a ler. É ainda maior o que se compreende quando a dificuldade em escrever chega. Essa sensação de impotência, de esvaziamento mental. É isso que estou a aprender. Estou também a aprender que não posso agradar a gregos e a troianos. Por isso procuro escrever como me dá prazer (obviamente que as críticas são bem vindas), com o mínimo de pressão possível.

Bem, eu também gosto de variar o tema. Por isso acho que brevemente vou por aqui uma história romântica ou uma carta de amor, algo menos objectivo. Já estive a pensar contar uma história de infância, mais ainda estou a juntar dados num papel. Os exames não me deixam tanto tempo como queria.
Bem, espero que nunca parem de ler, de escrever. Porque é que não escrevem algo (bem, estou a partir do princípio que alguém lê isto) e nos mostram? Qualquer ideia é bem vinda.


Abraços/Beijos

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